A Sea of Leaves
Alma noise lavada, alias mais do que lavada, afinal de contas tudo que poderia se esperar de um Festival no mais perfeito e famigerado estigma do Do it Yourself do que o Sinewave Festival foi impossivel, otimos shows, otimo som, publico mais do que interessado e muitos, muitos grandes momentos, tirando logicamente os momentos brilhantes como ha muito tempo não se via nos palcos nacionais, digo isso porque simplesmente a reunião de bandas emergentes e altamente competentes fez do 1º Sinewave Festival e estopim para futuros e talvez audaciosos projetos.
Duelectrum
Mas, vamos ao que realmente interessa, as perfomances, sim performances, tendo iniciado no sabado com o pontapé inicial a cargo d0 predileto e querido de todos o Duelectrum, que da ultima oportunidade que os vi, anos luz se passaram, a banda esta mais ensaida, a parede sonora mais encaixada, mas é aquele negócio se meus carissimos amigos Felipe e Franklyn focassem na organização tenho plena certeza que o Duelectrum faria o show do festival, porque o conteudo eles tem de sobra, mas a abertura não poderia ter sido em melhor estilo, wall of sound poderoso com vocais soterrados e postura para lá de shoegazer, fizeram com que o Duelectrum ganhassem o voto de minha garota como o show do Festival, ponto para eles.
S.O.M.A.
A segunda banda da noite, entrou e saiu e fiquei com a impressão de que tocaram uma unica musica, pois é o S.O.M.A projeto dos mentores do Gray Strawberries giram em torno do improviso, com uma pegada bem post rock com pitadas de noise, mas o fato é que o projeto ao vivo parecia uma jam entre amigos.
Gray Strawberries
Fechando a noite, a banda de gala do dia Gray Strawberries, eu particularmente confesso que estava aguardando o show dos caras, pois o estigma que carregam é de um dos melhores shows ao vivo do pais, bom e tinha tudo para ser memoravel mesmo, os caras tem estilo, o som da casa enfim tudo perfeito e os caras mandaram seu space rock com altas doses de post rock no talo, nada nada, creio que foi o show mais alto do festival, deu para sacar que a banda esta afiadissima com uma cozinha poderosa de fazer estremecer os ambientes, mas fiquei com um Q de decepção, não sei bem porque, mas eu esperava algo mais espacial e menos math rock, de qualquer maneira, foi uma belissima performance, fechando a noite de forma apoteotica.
Alguns pontos extras no primeiro dia, pouco publico, acho que a chuva atrapalhou, mas isso não é desculpa, e segundo, nas pick ups Mr Mario "Wry" Bross mandando ver o supra sumo do shoegazer, de APTBS a Maribel passando por Ride e afins....otimo pano fundo para uma otima noite.
Domingo, 28 de junho de 2009, e lá vamos nós para o segundo dia do Festival, confesso que estava torcendo por uma unica coisa, que estivesse mais cheio, afinal de contas o pessoal da Sinewave merece, e felicidade, quando entrei na casa, surpresa, bem mais cheio....e o clima foi ficando mais e mais apropriado para o que viria a acontecer, afinal de contas tinhamos na programação Macaco Bong, desconhecidos para mim, mas tidos como "a banda instrumental do pais" e os mestres Herod Layne, além do novato Hopping to Collide With e o que eu mais aguardava A Sea of Leaves.....e a noite prometia.....
Hoping to Collide With
Iniciando o barulho da noite o pessoal do Hopping to Collide With deu o pontape inicial, que me prendeu a atenção no inicio, com boa pegava post rock para variar é claro e vocais, o que me deixou mais interessado outro fator que conspirava a favor da banda era o som da casa que favorecia e muito as nuances fora que a banda é pontualissima, altamente cerebral, mas lá pro meio do show confesso que tornou-se repetitivo, de qualquer forma a banda promete e muito.
A Sea of Leaves
Fim do Hopping e preparativos para o que era a volta do A Sea of Leaves, mesmo porque a banda foi totalmente reformulada, sonoridade renovada e muita apreensão pela rapaziada da banda, natural afinal de contas o Sea por muitos é considerada pelos iniciados como "a banda" da cena shoegazer nacional dai a apreensão geral, muito mais pelo fato de como soariam as novas composições ao vivo, que alias o novo album que esta em meu poder é digamos "o album nacional do ano" é muito??sei lá, depois comentarei especificamene sobre ele, pois o Edu me pediu para aguardar até dia 03, o que posso dizer no momento é que o album é, hmmm, para ficar no menor adjetivo ESTUPENDO. Bom, vamos a apresentação, banda a postos e: noise, guitarras, baixo pos punk e muito, muito entrosamente, parece que a banda toca junto ha seculos, tamanha a sincronia, um show com todas as letras, fechando com a magnifica Follow the Leader, candidata a hit underground, um show como há muito eu não via, espetacular e vibrante.
Herod Layne
Apos a euforia do publico com o termino do show do Sea, seria uma tarefa ardua para o preferidos do post rock nacional Herod Layne, segurarem a bronca, e Elson e companhia, entram em cena e o massacre sonoro que estava previsto tem inicio, com particações especiais durante basicamente toda a apresentação e fechando de forma orgiastica com membros do Gray Strawberries literalmente quebrando tudo, vide o registro fotografico, ficou claro para mim que o significado do festival já havia sido atingido.
Herod Layne
Fechando a noite os convidados do Macaco Bong entraram em cena, com o publico ja extasiado pela catarse do Herod, mas enfim os caras são virtuosos e tecnicos, interessante de se ver, mas facilmente tudo já havia sido atingido....
Macaco Bong
O saldo total fica claro, a cena post rock brasileira esta mais do que embasada em grandes bandas como o Herod Layne, Gray Strawberries e o novato Hoping e de sobra temos a cena shoegazer nacional revigoradissima com o futuro mais do promossior do Duelectrum e a realidade de uma banda genial chamada A Sea of Leaves, que venha o Sinewave 2, 3, 4 e demais Alt Festivals.