Os 80´s parecem tão distantes e tão proximos as vezes, imagine a cena, Bauhaus, Sisters of Mercy, Siouxsie e os Banshees, Red Lorry Yellow Lorry, a cold wave do Joy Division, The Chameleons, The Sound, Comsat Angels e depois de anos de reclusão o post punk tem voltado a constar em tudo, e o gotico ou a darkwave seguem o mesmo caminho, depois de decadas imagem uma voz gutural a´la Andrew Eldricht com o mesmo sentimento e frescor de quando ouvi Mask, Floodland ou Jeopardy pela primeira vez, e agora, tenho escutado demais o debut dos ingleses do O. Children e seu homonimo album, capitaneados por Tobi O'Kandi dono da tal voz gutural que disse ha pouco, Malo, Fault Line, Ruins, Radio Dancer, Ezekiel´s Son, Dead Disco Dancer (nada a ver com Smiths) tornam-se clássicos imediatos em qualquer pista negra que se preze, um album grandiosamente denso mas com um apelo pop a ponto de virar hit, duvida, eu não duvidaria não, esses meninos ingleses de vinte e poucos anos souberam modernizar os classicos da darkwave e torna-los um pouco mais claros e reluzentes para as novas plateias, grande, grande album que paga um tributo enorme a grandes bandas eternas, sem contar que eles citam J&MC e MBV em suas influências, dai é covardia.
O. Children - O. Children