A história de musica alternativa brasileira é deveras difícil e cheia de altos e baixo, mas nada se comparando a carreira de Messias frente ao patrimônio chamado brincando de deus, muito já se falou, comentou, opinou sobre a importância, os álbuns, os shows, a postura, as letras, o messianismo envolto a banda, entretanto o projeto que chegou em minhas mãos diretamente do mentor é algo absolutamente surreal em se tratando do malvisto mercado nacional que há muito esta de mal a pior, salvo raríssimas exceções que sobrevivem no underground, o fato é que o tão misterioso e aguardado álbum solo de Messias é uma obra prima conceitual poucas vezes vista tanto no Brasil como fora daqui. Porque? Alguns fatores podem responder facilmente a questão, 1º o projeto gráfico, 2º CD Triplo, 3º A musica e seus criadores.
Vamos por partes, primeiramente a concepção gráfica é algo de encher os olhos, um package de alto padrão, bom gosto apurado e acima da media com um booklet com letras e informações pertinentes, a de se mencionar a concepção a cargo do próprio Messias e a o design de Ricardo Sans.
A segunda e terceira parte das justificativas são conjuntas, visto que “escrever-me, envelhecer-me, esquecer-me” é um álbum conceito em 3 partes como o próprio nome o sugere, como um trovador Messias destila toda sua poesia existencialista no decorrer das 3 partes, oras em português oras em inglês, reunindo músicos dos quais a brincando de deus esta também presente e principalmente seu co produtor e parceiro do projeto Andre T., Messias traz todos os seus já conhecidos gostos pessoais e ressurge no cenário com uma proposta de vanguarda, mesclando estilos e os unificando, temos a clássica inspiração da poesia com Smiths, lo-fi, rock, electro-jazz, dub, guitar bands, shoegazer e claro brincando de deus, facilmente eu diria que Messias é um trovador moderno tal como Thom Yorke o é, genialidades a parte, vamos ao album.
O álbum sugere o que vira a ser o novo rumo ao qual Messias e a brincando de deus devem seguir a partir do ponto do qual pararam, e é bem nítido principalmente em “escrever-me” onde os destaques já aparecem como Who I Should Be, Resilience, Offbeat e na belíssima Avenida Contorno um ode a Salvador e ao próprio Messias lifestyle, Run The Risk (too) é outra que de tão singela e simples seduz e inspira.
Envelhecer-me inicia com a já conhecida The Machines are My Family as guitarras e a ambientação com o arranjo sublime das cordas exprimem a letra profética, sem contar na anotação que consta no cd feita a mão por Messias “my computer is asking who I am”, soberba, destaques para a shoegazer Symmetry , a gritante They Drug Me Everyday e a mais brincando de deus de todas Daily Goodbyes com o pegajoso refrão “i fight with daily goodbyes, with myself” que mal acaba e começa Orbiting you...dificil dizer se “envelhecer-me” é mais ou menos intenso que “escrever-me” ....mas ainda falta a 3 parte...”esquecer-me”...
God, if you can hear me abre a ultima parte da obra, modernidade é o temática aqui, fundida sim com as obsessões messiânicas do mentor, “will they save my life from me? And Will they save a seat in heaven for me?...Oh God, I had intended not to complain….”, particulas remetem a Jason Pierce, a sequência com A Half-Life mostra que o clima lounge, dub e intimista prevalece em “esquecer-me” o que de fato é uma realidade Como Cometer Erros surpreende os mais puristas como eu, o que de nada influi na grandiosidade da canção, entre viagens, colagens o trovador volta novamente em When Life is Not Enough, o shoegazer moderno reaparece em Vesperas, em ares de despedida até o ultimo lamento em a Ultima Tarde de um Imperio em Chamas.
Uma obra singular e atemporal, para cativar os poucos que o ouvirem e vou mais adiante, logicamente que sou suspeito para tecer comentário, chegando a ser dificílimo a imparcialidade para fazer esta resenha, visto o fã de longa data que sou, mas posso garantir que quem ouviu o álbum e não conhece nada da historia de Messias e da brincando de deus adorou, amigos e amigas minhas que desconhecem a origem teceram os seguintes comentários, “nossa Renato que musica legal”, “não acredito, ele é de Salvador?”, “coloca o do meio novamente, é o melhor”....resumindo os fatos, o trovador Messias certamente não contava com isso, ou se contava acertou em cheio o objetivo.
Messias - Escrever-me, Envelhecer-me, Esquecer-me
Vamos por partes, primeiramente a concepção gráfica é algo de encher os olhos, um package de alto padrão, bom gosto apurado e acima da media com um booklet com letras e informações pertinentes, a de se mencionar a concepção a cargo do próprio Messias e a o design de Ricardo Sans.
A segunda e terceira parte das justificativas são conjuntas, visto que “escrever-me, envelhecer-me, esquecer-me” é um álbum conceito em 3 partes como o próprio nome o sugere, como um trovador Messias destila toda sua poesia existencialista no decorrer das 3 partes, oras em português oras em inglês, reunindo músicos dos quais a brincando de deus esta também presente e principalmente seu co produtor e parceiro do projeto Andre T., Messias traz todos os seus já conhecidos gostos pessoais e ressurge no cenário com uma proposta de vanguarda, mesclando estilos e os unificando, temos a clássica inspiração da poesia com Smiths, lo-fi, rock, electro-jazz, dub, guitar bands, shoegazer e claro brincando de deus, facilmente eu diria que Messias é um trovador moderno tal como Thom Yorke o é, genialidades a parte, vamos ao album.
O álbum sugere o que vira a ser o novo rumo ao qual Messias e a brincando de deus devem seguir a partir do ponto do qual pararam, e é bem nítido principalmente em “escrever-me” onde os destaques já aparecem como Who I Should Be, Resilience, Offbeat e na belíssima Avenida Contorno um ode a Salvador e ao próprio Messias lifestyle, Run The Risk (too) é outra que de tão singela e simples seduz e inspira.
Envelhecer-me inicia com a já conhecida The Machines are My Family as guitarras e a ambientação com o arranjo sublime das cordas exprimem a letra profética, sem contar na anotação que consta no cd feita a mão por Messias “my computer is asking who I am”, soberba, destaques para a shoegazer Symmetry , a gritante They Drug Me Everyday e a mais brincando de deus de todas Daily Goodbyes com o pegajoso refrão “i fight with daily goodbyes, with myself” que mal acaba e começa Orbiting you...dificil dizer se “envelhecer-me” é mais ou menos intenso que “escrever-me” ....mas ainda falta a 3 parte...”esquecer-me”...
God, if you can hear me abre a ultima parte da obra, modernidade é o temática aqui, fundida sim com as obsessões messiânicas do mentor, “will they save my life from me? And Will they save a seat in heaven for me?...Oh God, I had intended not to complain….”, particulas remetem a Jason Pierce, a sequência com A Half-Life mostra que o clima lounge, dub e intimista prevalece em “esquecer-me” o que de fato é uma realidade Como Cometer Erros surpreende os mais puristas como eu, o que de nada influi na grandiosidade da canção, entre viagens, colagens o trovador volta novamente em When Life is Not Enough, o shoegazer moderno reaparece em Vesperas, em ares de despedida até o ultimo lamento em a Ultima Tarde de um Imperio em Chamas.
Uma obra singular e atemporal, para cativar os poucos que o ouvirem e vou mais adiante, logicamente que sou suspeito para tecer comentário, chegando a ser dificílimo a imparcialidade para fazer esta resenha, visto o fã de longa data que sou, mas posso garantir que quem ouviu o álbum e não conhece nada da historia de Messias e da brincando de deus adorou, amigos e amigas minhas que desconhecem a origem teceram os seguintes comentários, “nossa Renato que musica legal”, “não acredito, ele é de Salvador?”, “coloca o do meio novamente, é o melhor”....resumindo os fatos, o trovador Messias certamente não contava com isso, ou se contava acertou em cheio o objetivo.
Messias - Escrever-me, Envelhecer-me, Esquecer-me