domingo, 30 de agosto de 2009

Lo-Fi Sexy French Attack by Osni


Durante a semana que se passou não me lembro exatamente o dia, mas foi durante o trabalho, meio que sem querer, estava eu fuçando no myspace e acabei caindo na pagina de uma banda chamada Osni, franceses que se autodenominam Surf Shoegazers, me interessei de imediato e na propria pagina um link para o album Lo-fi Computer do ano passado, ah, obvio peguei na hora, só que sinceramente eu esperava algo usual, sem maiores alardes, mas meus caros, este tal Lo-fi Computer é fenomenal, sexxxyyyyy no talo, realmente viciante, é impossivelmente irressistivel não se seduzir pela sonoridade do Osni, como se Serge Gainsbourg e Jane Birkin montassem uma banda shoegazer com Thruston Moore e Kim Gordon somadas a apimentadas doses de garage psych 60´s, Cauchemars e She kills me são convites para se apaixonar facil facil pela Srta Amandine vocal e baixo contracenando com o lado masculino da familia/banda Sebastien, sim os dois são os irmãos e responsaveis por esta preciosa banda que juntos aos outros integrantes Nicolas e Adrien compõem o bubblegum frenetico e delirante do Osni.



O Osni tem já história, desde de 2001 varios lançamentos, dentre demos, 7´polegadas, albuns e ainda infelizmente vivem no submundo dos bons sons, porque sinceramente o potencial e apelo pop dentre toda a experimentação deles é marcante. Simplesmente eu me apaixonei pela Amandine e pelo Osni.


sábado, 29 de agosto de 2009

Lo-Fi Attack by Times New Viking


Lo-fi, noise-rock, Pavement, Moviola, Matador, Sonic Youth, Mercury Rev e Guided by Voices nos velhos tempos e obvio Yo La Tengo, todas referências ai compõem a sonoridade desse trio de Ohio adoravelmente estridente chamado Times New Viking. Os caras já tem no curriculo 4 albuns o ultimo acabou de vazar na net, é legal para cacete chamado Born Again Revisited, além dos dois primeiros Dig Yourself e The Paisley Reich, e o mais bacana de todos o terceiro Rip It Off, um abum alto, alto pacas, tipo escutando no seu headphone muito alto você corre o risco de ter os timpanos estourados e ao mesmo tempo sorriso na cara de ponta a ponta, fora que certamente e instintivamente você começa a simular uma guitarrada, porque s 16 faixas que vão rolando nos pouco mais de 30 minutos do album são a mais perfeita sinergia lo-fi que escutei atualmente (My Head), Drop Out, Mean Good tornam-se clássicos imediatos de cara, The Early 80´s, Rip Allegory e The Apt. pegam pesado no distortion e no experimentalismo lo-fi, o album vai nesse vai e vem encharcado com tecladinhos insanos, vocais rasgados, guitarradas que soam microfonia para tudo que é lado estrilhançando tudo pela frente.



Tipo assim se você procura vocais certinhos, melodias faceis e tudo bem gravado, cai fora rapidamente porque a parada aqui é barulheira pura, da melhor qualidade, e tenha um bom noise, com os prediletos Times New Viking!!!!!...ah sim o gif ai em cima vai direto pro site da Matador para fazer a pre reserva do novo album!!!!
Times New Viking - Rip it Off - http://www.mediafire.com/?1jqz2wymmyi

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Blogger DMCA takedown notification‏

Pois é....arquivos do Band of Susans não rola mais por aqui....uma pena....
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Supernova Festival

Supernova (Especial Shoegaze) - Nesta edição o projeto traz bandas do cenário shoegazer brasileiro. O evento será no Sesc Vila Mariana (Auditório), às 20h30.R$ 12,00 [inteira]

09/09 (quarta-feira) - Cactus Cream - www.myspace.com/cactuscream

11/09 (sexta-feira) - OLD MAGIC PALLAS - www.myspace.com/oldmagicpallas

07/10 (quarta- feira) - Wry - http://www.myspace.com/wrymusic

09/10 (sexta- feira) - Alma Mater - http://www.myspace.com/almamaterband
Simplesmente Imperdivel!!!!

domingo, 23 de agosto de 2009

Back to 90´s or Pedal Zone by Heat-Ray


Mais uma daquelas surpresas que o mundo maravilhoso do rock´n´roll pode fazer por nós, meio que do nada, um bombástico album aparece na rede com um cometa retrô, guitarradas em ritmo alucinante, vocalização oras menino, oras menina com uma pegada grudentissima, pitadas de MBV, pitadas de Pixies, pitadas de Sonic Youth, suspiros, sussuros, gritinhos, e a fonte sonora J&MC dão um brinde do grande 2009 aos já saudosos e distantes 90´s, os responsaveis por este petardo chamado Loveallover são os canadenses do Heat-Ray, coisa linda de album, pegajoso e viciante essa album basicamente é um caldeirão dos melhores momentos dos 90´s com uma roupagem tipicamente 2009, quanto mais se escuta mais vai dando vontade de pular, simular um air guitar então fica facinho é só ouvir a C´mon C´mon C´mon ou Oooh Yeah, ou ainda Music from the Heart, nada como um titulo como este para definir o som do Heat-Ray.

Ok, ok nada de novo, mas e qual é o problema????O album é uma festa Come Closer, If Love is the Drug e Vampire Blues Pt. 2 são mais do que o suficiente para simplemente fazer com que esse Loveallover seja lembrado como uma das maiores surpresas sonoras do ano, despretencioso e festivo, puta disco!!!


Ah, se liga na capa ai em cima, sem comentarios....FODA!!!!!!!

Heat-Ray - Loveallover - http://www.mediafire.com/?oiykyuzt1mo

Heaven or Manchester with Daniel Land & The Modern Painters


Rapidamente, pegue os dois eps, Imagining October e Voss, e sem ordem, coloque-os para rodar e sinta aquela atmosfera, aquele clima, as texturas são absolutamente com padrão de qualidade 4AD não são?!?!?! Impossivel não se deixar seduzir pelo que esta excelente banda de Manchester, sim novamente Manchestes, como diria Stephen Patrick Morrissey - "...oh manchester, so much to answer for..." e novamente a cidade nos propricia um talento irretocavel, com a sonoridade fincada na majestoso Cocteau Twins e se estendendo até o Slowdive, Daniel Land & the Modern Painters são arquitetos do wall of sound, trabalhando para esculpir perolas climaticas como as belissimas Within the Boundaries e Lostening ambas do EP Voss onde ecoam fantasmas de Rachel Gosswell e Neil Hasltead, Lostening inclusive é tão abrassivamente climatica com seus mais de 14 minutos que parece fazer par com Avalyn de tão bela, a voz androgina de Daniel Land impressiona ao extremo.

Imagining October me soa mais a 4AD e as texturas com dedilhados interminaveis evocam obras como Victorialand e Ask for Tomorrow simultaneamente, principalmente na lindissima Off Your Face Again.

Daniel Land & The Modern Painters estam prestes a nos brincar com o debut entitulado Love Songs For The Chemical Generation, pelo titulo já podemos ter uma pequena prévia do que vem por ai.


Daniel Land & The Modern Painters - Voss - http://www.mediafire.com/?h40l4ggjnkg
Daniel Land & The Modern Painters - Imagining October - http://www.mediafire.com/?mmmnnijjnmj

The Art of Noise by Band of Susans


New York, 1986, Robert Poss e Susan Stenger formaram um dos patrimonios da era art noise chamado Band of Susans, inspirados na orquestra dissonante de Glenn Branca, no conceitual John Cage, no art punk de Wire e nos prediletos art rockers Sonic Youth e Swans, o Band of Susans ousou eu texturas não usuais e sempre contendo 3 guitarras em sua composição como banda, formando um wall of sound pesado, melatizado, gélido e denso, com estruturas quebradiças tipicamente influenciadas pelo Sr Gilbert e o magistral Wire.

Desde o primeiro album Hope Against Hope até o derradeiro Here Comes Sucess a banda passou por inumeras troca de guitarristas, tendo inclusive na formação do seminal Love Agenda nada mais nada menos do que Page Hamilton mentor do Helmet, mas sempre a base criativa da banda centrava-se nas figuras de Poss e Stenger que determinaram o rumo inicialmente mais corrosivo do primeiro album, seguido pelos geniais classicos da avant guard noise Love Agenda e The World and the Flesh, dando sequencia na virtuose caótica do droneado Veil e fechando a saga com o completo e forte Here Comes the Sucess. É complicadissimo definir o ponto alto ou o fraco da discografia então para não ficar na indecisão decidi escolher a sequência Love Agenda e The World and the Flesh que compôem exatamente a fase avart guard noise da banda mais focados para as dissonâncias e carregados e wall of noise, não que os demais não tenham estas caracteristicas, mas aqui elas jorram por todos os poros, as canções são sequenciais e tribalmente entrelaçadas pelas guitarras que são os termometros nestas obras primas do noise.


Não há hits por aqui, talvez algumas músicas candidatas a mais acessiveis somente, é o caso da abertura de Love Agenda com a muralha de guitarras chamada The Pursuit of Happiness ou a sequencia com It´s Locket Away que da a estranha sensação de que o Wire tem na formação Lee Ranaldo e Thusrton Moore e o album vai nessa linha caóticamente guitarreira outro ponto mais pop se isso pode ser colocado é Hard Light situando na linha do tempo uma sonoridade altamente 90´s da america, um deleite para os amantes de bandas como Loop, Spacemen 3, MBV e shoegazers mais noise, mas o presente final do Love Agenda é a cover version de Child of the Moon, clássicão dos Stones em roupagem art noise drone, uma finesse literalmente, só relembrando em umas 3 guitarras da banca, uma delas é a de Page Hamilton.

Já no segundo e aclamado The World and The Flesh o clima fica mais sombrio e até certo ponto mais acessivel, dois destaques instantaneos Now is Now e Ice Age, a primeira é talvez a mais emblematica das canções do Band of Susans, toda concepção e tematica dos caras esta brevemente condensada aqui, todos os conceitos de Glenn Branca, John Cage, SY, Art Punk noise, Now is Now é o resumo do que esta clássica e tipicamente underground banda representa, mas the World and The Flesh tem mais muito mais, Pilow Twist com as guitarras em velocidades beirando um cataclisma, Estranged Labor sombriamente com um noise gelidamente metalizado aniquila qualquer possibilidade de popsongs, Guitar Trio é a apoteose em guitarras, mais de 13 minutos instrumentais onde o instrumento, guitarra, que é o porque da banda ter sido formada e é o fio condutor de toda a obra dos caras fazer sentido, tem seu momento elevado a potencia maxima neste esporro sonoro do instrumento em forma de musica pop.


Ouvir novamente a obra do Band of Susans é um exercicio crucial para entender o porque o som deles é atual e moderno, uma banda absurdamente fascinamente e a frente de seu tempo.

domingo, 16 de agosto de 2009

From Centre to Wave by Loop


Me lembro como se fosse agora a primeira vez que ouvi Loop a música era Head On, um amigo de longa data que já não esta mais entre nós me apresentou a banda através de seu vinil e colocou a segunda musica do The World in Your Eyes e falou mais ou menos o seguinte - "Renatão, prepare-se, já que você é fã de Suicide e J&MC então se segura...." ou algo mais ou menos como isso ai, dai meu chapa, aquele riff sequencial, pegajoso, cheio de fuzz e wah wah foi golpe baixissimo, e isso foi na virada de 89 para 90, tipo a banda estava basicamente acabando tanto que o A Gilded Eternity é de 90 dai depois só o Wolf Flow e fim. Mas o estrago na minha cabeça estava começando, basicamente peguei aquele vinil e gravei um cassete que eu carregava comigo no walkman para cima e para baixo, depois consegui o Heaven´s End o Fade Out e tudo mais, mas o fato é que o Loop já havia entrado definitivamente entre as bandas mais revolucionarias em termos de gosto e postura musical para mim, e o responsavel por isso chama-se Robert Hampson, dono e louco de plantão.

O Loop é daquelas bandas que ou você ama ou odeia mesmo, porque é altamente intimidador ouvi-los, a repetição (ou loop se você assim preferir) das guitarras encharcadas de fuzz, wah wah, distorções absurdas e tudo mais, sem contar na bateria que muitas vez é aquela marcação quadrada e tribalista que chega a hipnotizar e derreter a mente ao ponto de ou você se rende a maestria excentrica da banda ou simplemente nunca mais chega perto, o fato é que o Loop pegou todo o kraut rock de NEU! a CAN, juntou o estilhaço dos Stooges e do MC5 mesclou o No-Wave americano e botou o Suicide como banda Mor para eles e fez de sua breve duração a trilha sonora do caminho do mais distante universo parelelo até o mais proximo pesadelo interno de sua mente.

Uma discografia irretocavel onde os pontos altos são o Heaven´s End e o The World in Your Eyes, este que reune os singles 16 Dreams e Spinning mais quatro extras e o resultado é um massacre sonoro que dentre outras destruições sonoras temos a releitura classica de Rocket USA do Suicide que foi responsavel diretamente junto com os Spacemen 3 pelo culto crescente a dupla minimalista de NY, outros clássicos irretocaveis além da já citada Head On é Spinning que evoca Rob Tyner e seu MC5.

Resumidamente, uma banda a frente de seu tempo e que definiu modo e atitude de como seria a decada de 90, para bandas como esta qualquer adjetivo torna-se dispensavel.

Loop - The World in your Eyes - http://www.mediafire.com/?jyuyozm4unu

sábado, 15 de agosto de 2009

Krautgazer with One Unique Signal


Não é a primeira vez que escrevo sobre o One Unique Signal aqui, vide o primeiro encontro, depois de eu ter entrado de cabeça no EP Dismemberment fui atrás do album Tribe, Castle and Nation dos caras que chegou durante a semana que se passou, dai virou album companheiro do caótico transito de sampa e dai o desconcerto das estruturas sonoras do OUS fizeram todo sentido com o caos citado, primeiramente porque a banda busca a desconstrução no Kraut rock mesmo de NEU!, Faust e CAN icones maximos e resposaveis por mexerem com a cabeça dos grandes mestres do pos punk tipo The Fall, Joy Division, PIL e Suicide e estes por sua vez destroçaram a cabeça da geração pré shoegazer mais suja e psicodelica, dai logicamente Loop, Telescopes e Spacemen 3 fazem parte do caldeirão esquizofrenico dos ingleses do OUS, e é nessa tematica que o debut dos caras segue, freneticamente quebrado e dissonante Tribe, Castle and Nation não agradara os mais etereos e é ai que mora o perigo, pois quanto mais distante vai ficando com o decorrer das musicas o album torna-se mais desconcertante e provocativo, não há momentos de calmaria é só pancadaria noise mesmo, ecos de Shellac as vezes e na ultima musica do album Off Cold a rendenção no melhor estilo Heaven´s End, um puta album indigesto e magnificamente perturbador, prato cheio de noise para os aficcionados.
One Unique Signal - Tribe, Castle and Nation - http://www.mediafire.com/?muedu24eoim

The Voices - R.I.P. (2005-2009)


Quando recebi a informação há umas duas semana realmente fiquei chateado, afinal de contas desde a recente retomada do shoegazer e as reeleituras da classica sonoridade dos 90´s tinham colocado novamente pelo menos, para mim o frescor novamente de todo um lance que eu basicamente tinha deixado escondido nas minhas coisas, mas o fim do The Voices soa realmente triste para mim, porque os galeses certamente estavam dentre as mais bacanas das novas bandas, digo isso principalmente pelo fato deles seguirem uma linha não eterea e sim o lado espacial e psicodelico onde a cartilha de Spacemen 3, Telescopes, Loop e MBV eram a condicional do som dos caras, e infelizmente por questões internas a banda sucumbe precocemente e deixa a nós, dois albuns espetaculares o homonimo que você encontra no predileto e sempre em sintonia Amor Louco e segundo The Sound of Young America que já na abertura mostra o porque dos meus comentarios acima, pois as inspiradissimas The Sound of Young America e I'll Always Be Within You When There's No One Left Inside juntas somam mais de 13 minutos de psicolecia shoegazer de deixar Stephen Lawrie, Robert Thompson, Jason Pierce e Sonic Boom extremamente felizes, seguindo o album temos a mybloddyana Second Wave na sequencia a espacial e sonhadora psicodelia de You Shares A Smile I Thought Was True retoma a vertente principal que segue a linha mais acida nas eloquentes ...You Broke A Heart I Gave To You e Don´t let go e a apoteotica Love com delays magistrais fechando de forma a exaltar o amor em um album belissimo e grandioso.

Mesmo com o fim do The Voices os caras nos presenteiam com o derradeiro The Death of a Lovers Song em tiragem limitida inicial de 250 copias. Ah, logicamente a minha deve estar chegando brevemente.


The Voices - The Sound of Young America - http://www.mediafire.com/?nmujulogvhj

War Sucks by Spectrum


Aqui tudo torna-se relativo, porque falar/escrever/comentar algo sobre Peter "Sonic Boom" Kember para mim chega a ser dispensavel porque este cara é um mestre, referencia desde de sempre, criador do magistral e inigualavel Spacemen 3, só ai já seria o suficiente, mas o cara ainda criou obras magistral sob a alcunha de Sonic Boom, depois colocou no mercado o E.A.R. prjeto extrasensorial que já teve até Kevin Shields junto, então melhor ficar esperto quando se trata de Sonic Boom, pior, não contente com tudo isso, este Sr. criou o Spectrum que no minimo tem um album espetacular chamado Soul Kiss (Glide Divine) com o clássico How you Satisfy Me?, já chega correto?!?!?!Hmmmmm para Sonic Boom não, fora isso ele impulsiona desde sempre novissimas bandas dando folego ao genero Shoegazer/Psychedelic with Drugs...ahahahhahahahha, vide One Unique Signal, The Insect Guide e tantos outros que ele próprio coloca para abrir seus shows, que um dia se deus quiser eu irei ver, um parenteses aqui no texto, eu mandei um email via myspace para ele meio que sem saber se ele retribuiria e para meu espanto ele retribuiu sim e dentre outras coisas me disse que seria especial tocar aqui no brasil pois ele tem ciencia que tem muitos fãns por aqui, dai eu penso se tivesse alguem com culhão bem que isso poderia acontecer, ao inves de vir tanta porcariazinha para cá, mas....

Bom, o fato é que depois de muitos lançamentos mais espaciais propriamente ditos, sem o teor psychedelic dos aureos tempos, e o fuzz caracteristico de sua guitarra, Mr Sonic retorna aos velhos tempos este ano com o EP War Sucks ao melhor estilo Spacemen 3, o ep traz duas covers War Sucks é um classico de Red Crayola e Walking & Falling é uma reeleitura de Laurei Anderson somadas as duas originais dele proprio, Razzle-Dazzle Mind e Over & Over.

O EP torna-se classico instantaneo de cara primeiro com o ataque de fuzz que a faixa titulo proporciona, os vocais apocaliticos do mestre estam perfeitos dentre a massa sonora, com um orgão frenetico e loops, tudo como reza a cartilha, na sequencia um clássico instrumental que mais parece MC5 com Laetitia Sadier se isso for possivel e fechando de forma absurdamente transcental Walking & Falling e Over & Over se mesclam uma na outra de forma a remeter diretamente a How Does it Feel? do seminal Playing With Fire.

Um atestado de grandeza e supremacia, facilmente War Sucks mostra o porque Peter Kember deve ser reverenciado.

Spectrum - War Sucks EP - http://www.mediafire.com/?zydwyw0mztq

Heaven in You by Ask for Joy

Após semana puxada que sinceramente não deu tempo para fazer muita coisa a não ser trabalho, estudo, domir e dar sequencia nisso ai, com exceção só da noite de quinta feira onde fui ver as Mercenarias e o Smack tocando juntos, mas que cá entre nós não me deixou empolgado não, uma pena, mas deixando o pós punk brazuca de lado e me concentrando nos novissimos recem chegados aqui para a coleção, e em primeirissimo lugar vou dividir este aqui que é especialissimo, primeiro por ser belissimo, literalmente uma finesse de album, segundo por ser bem dificil de se achar, e foi por esses dois motivos que resolvi compra-lo lá na otima CDBaby recomendo a loja a todos os interessados em shoegazer, rapida e com um acervo bem bem interessante foi exatamente dai que comprei o lindissimo Life in Coma do grande Ask for Joy.

O Ask for Joy é daquelas bandas especiais, tipicamente perfeccionista, mais claramente por ser mais uma "banda de um homem só" desta vez quem toca, produz e seduz é o texado Aaron Rossetto, o rapaz ja tem no curriculo 3eps como Ask for Joy, Swoon, Endless Space Unfurled e este Life in Coma, todos numa roupagem dream pop de primeirissima categoria, uma especie de sintese que busca no grande Ultra Vivid Scene o esplendor do som, caminhando em algo como o proprio Rossetto coloca " um encontro de Beach Boys com Slowdive pelos caminhos de J&MC" concordo com ele em genero, numero e grau, este Life in Coma como coloquei tem um Q de Darklands bem intenso mas de uma forma a´la Ultra Vivid mesmo, vá direto para a belissima Heaven in You e perceba os comentários, depois volte um poquinho e se delicie com Summercrush e Here She Comes e suas harmonias em fuzz e reverbs.

Após repetidas audições você percebe o seguinte, o sonho ainda não acabou, muito pelo contrario, Rossetto e seu Ask for Joy mostram que o DIY dos punks neste caso é para que o mundo dos sonhos seja eterno.

Ask for Joy - Life in Coma - http://www.mediafire.com/?gdkanew3bjz

sábado, 8 de agosto de 2009

White Music for Black People by Apollo Heights


No inicio da era shoegazer, uma banda despontou como um fecha escura e colocou no mercado um album pouco, mas muito pouco conhecido com um nome que o define muito claramente Afrodisiac, o nome da banda The Veldt, um clássico instantaneo chamado Soul in a Jar, uma canção para se colocar lado a lado com Pearl do Chapterhouse ou Celeste do Telescopes, mas o mundo musical é cruel e a banda culminou e sucumbiu no anominato. Depois de longos anos os irmão Danny and Daniel Chavis retornam a ativa e das cinzas surgem com um novo projeto intitulado Apollo Heights, novamente a flecha escura esta de volta, e os caras são de NY onde hoje tudo acontece, só que temos um detalhe que dá todo o charme para a banda, os caras são negros, a grande maioria descendentes de africanos mesmo, e dai a impresa tascou o seguinte Afrogaze, nome propicio a meu ver, para um som impressionante, negros empunhando suas fenders jaguar com um suingue a´la Al Green e dissonantes camadas de guitarras no mais perfeito mix MBV, para a alegria de Kevin & Bilinda, o Apollo Heights tem aberto shows do TV on Radio e feito muito barulho por onde tem passado ainda mais após o lançamento do debut White Music for Black People nome provocativo e conceitual, para um album poderoso, quanto mais se escuta, mais se surpreende com a sonoridade, um pout pourri de Cocteau Twins, A.R. Kane, MBV, David Bowie fase Young Americans, The Veldt (prometo que falo sobre eles e a obra Afrodisiac brevemente), e lá no fim do album uma surpresa que choca, mas choca mesmo, uma cover version arrasadora de Christine, clássico imortal do House of Love, só ouvindo para chegar a alguma conclusão, mas o album não é somente a cover, temos um liquidificador em erupção, Winter in the Summertime dá as boas vindas com uma massa sonora envolta a um vocal suingado que de cara já chama atenção para algo que os ouvidos não estão acostumados a ouvir, dai é uma paulada atrás da outra Shallow by Shallow e Disco Lights para ter saido de algum album do Bowie só que com uma roupagem shoegazer estupenda, outros pontos altissimos são as delicadas Everlasting Gobbstopper e Black and Blue com delicadas texturas chegando proximo de A.R. Kane e Cocteau Twins, alias Robin Gutherie produziu o primeirdo ep do Apollo Heights, dai as conexões ficam mais claras, eu particularmente creio que certamente alguns mais puritanos devem torcer o nariz para a excentricidade dos caras, mas o afrogaze do Apollo Heights grita, berra e exala criativade e elegância em um album acima da média, pode ter certeza, White Music for Black People é indispensavel em qualquer discoteca shoegazer que se preze.
Apollo Heights - White Music for Black People - http://www.mediafire.com/?4dj1nwrddng

Sound of Confusion with Sciflyer


A ensolarada e psicodelica California é o lar desta acida e corrosiva banda chamada Sciflyer, que teve como biblia a familia Spacemen 3: fase acida e guitarreira; Spiritualized: eloquencia psicodelica; Darkside: acid jams, Spectrum: drones tapes afins, basicamente os caminhos que esta rapaziada traça são oras bad trips guitarristicas, onde os vocais são um mero instrumento coadjuvante em meio a massa densa e acida formada pelos efeitos psicodelicos em doses cavalares, outras vezes simplesmente simples e doces sinfonias shoegazers, eu desde que tomei conhecimento desses caras me fascinei, como era de se esperar, mesmo porque para quem é fanatico pela familia Spacemen 3 e seus descendentes, é impossivel não ceder ao Sciflyer, quer conhecer essa banda? Ok, vá direto ao debut dos caras, Fair Weather Karma e se prepare para uma viagem lotada de fuzz e muito psicodelismo, desde Barnstorm até Reprise você só tem poucos segundos entres as canções para voltar a realidade, de resto é se render aos fascinios do Sciflyer e seus delirios psicodelicos e shoegazers.....faça uma boa viagem!!!!


Sciflyer - Fair Weather Karma - http://www.mediafire.com/?nzkoanwo4n2

domingo, 2 de agosto de 2009

Love is Hell with Deardarkhead


O mundo da música as vezes, quase sempre, é bem injusto e cruel com algumas bandas, imaginem 21 anos, longos 21 anos e basicamente 1 unico album 2 dois mini albuns isto é o que temos em registro dos americanos do Deardarkhead que desde o distante ano de 1988 fazem um mix algumas vertentes que quer queria quer não se completam não necessariamente na ordem de tempo e espaço na sonoridade do Deardarkhead temos o pos punk de espectros maximos como Durutti Column, Bunnymen, Chameleons, Psychedelic Furs passando pelos dreampoppers da estirpe de Felt, Kitchens of Distinction, House of Love e fechando sua sonoridade com mestres do shoegazer como Pale Saints e Ride.

O unico album cheio desse trio de New Jersey é long, denso, ambicioso, delicado e viciante e tenso do inicio ao fim, Unlock the Valves of Feeling é isso, mais de uma hora de momentos que oras passeiam pelos caminhos mais dreaming como Never coming Down oras mais shoegazers Chrome Horse, oras mais 4AD vide Sleep, Unlock the Valver é inspirador e dificil ao mesmo tempo principalmente por ser longo mas para amantes e fans principalmente de Kitchens of Distinction que é a fundamental inspiração dos caras o album traz um presente magistral lá quase no final com a inspiradissima Neverwhen uma canção com odores fashionistas espetaculares e fecha com a dignissima balada Home, com ares nostalgiscos. A quem se interessar os mini albuns Ultraviolet e Melt Away too Soon seguem o mesmo alto padrão.

Literalmente um deleite do desconhecido e misterioso submundo dos grandes sons.....ah detalhe a banda tem aberto os shows do Psychedelic Furs nos EUA atualmente, imperdivel!!!!


Deardarkhead - Unlock the Valves of Feeling
Parte 1 - http://www.mediafire.com/?xmz40wznhm1
Parte 2 - http://www.mediafire.com/?lzngzt2m2m4

A Storm in Heaven Again by Exit Calm


Dois singles devastadores mais uma penca de apresentações freneticas já denunciam, o Exit Calm veio para fincar seu nome no atual renascimento do shoegazer, porém com um direcionamento focado a meu ver, no estrelato, porque eu digo, os caras tem um potencial absurdo para atingir o grande público, principalmente pelo objeto direto de seu culto, visto que a banda tem fan clubes por tudo que é lado já, pelo fato simplesmente porque são seguidores do grande Verve, aqui a influência do Verve é latente, impossivel não fazer associação imediata entre o Exit Calm e a banda dos Srs Richard Ashcroft e Nick McCabe, só que a relação com o Verve é diretamente proveniente do clássico A Storm in Heaven que facilmente é o album mais shoegazer e psicodelico do Verve, é só colocar We´re on Our Own e não perceber o quanto ela poderia estar no album de estréia do Verve, mas a mais chocante até agora é Awake uma viagem acida e psicodelica com guitarras simplesmente eletrizantes que rasgam de um lado ao outro e quando menos se espera a calmaria cristalina vem a tona, ao melhor estilo Gravity Grave, também cavando conexões com o majestoso Spiritualized fase Electric Mainline, um prato cheio de psicodelismo com nuances shoegazers, ainda rolam a lindissima Atone acustica e insinuante, e o a trip Higher Learning algo como se o U2 fosse uma banda shoegazer, não, eu não estou exagerando!!!!!!!!!!!!!

O Exit Calm pelo que consta acabou de mixar o album de estréia que literalmente estou coçando para botar a mão....

sábado, 1 de agosto de 2009

Going Blank Again with The Early Days


Já faz mais de um mês que venho ouvindo o EP de estréia dos suecos do The Early Days, estes caras destoam da galera que vem de lá principalmente no que diz respeito a eletrônica que é um elemento constante nas bandas Suecas, o Early Days caminha de forma diferente, esbanja senso harmonico em guitarras cristalinas, evocando dois grandes baluartes da cena shoegazer clássica, Ride e Catherine Wheel que fica evidente na espetacular Make you Smile a sintese deste classudo EP, com tonalidades altamente 60´s também o que faz a conexão direta com o Going Blank Again do Ride. Além de toda a caracteristica rideana da banda sente-se presenças de mestres da psicodelia como Arthur Lee vide Flowers que mais parece um outtake do Forever Changes, mas ainda tem superlativa Takin´ Chances que traz ecos de Chameleons, House of Love, Chills e mais um monte de coisa boa que no final das contas faz do caleidóscopio sonoro do The Early Days um reeleitura atual de mais de 40 anos de grandes sons...sejam bem vindos os Early Days.