quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Second Skins by Black Swan Green


Escutar um album pela primeira vez só por ler referências, influências, gera uma expectativa sempre acima da média, o que muitas vezes pode ser frustante, mas quando a audição supera as todas as expectativas e melhor quando transcende o que você espera, dai acontece sempre o seguinte, a obra acaba sendo adorada e elevada a esferas grandiosas. Como eu adoro essas sensações e quando acontece, torna-se inevitavel um sentimento de quase devoção e novamente aconteceu comigo, desta vez com os americanos do Brooklyn, sob a alcunha de Black Swan Green e a obra intitulada The Ruin Gaze, shoegazer gélido da mesma forma que o Nowhere o é, o BSG impressiona com a frieza de suas guitarras, um ar epico conduz todas as canções deste Ruin Gaze, com fantasmas de Robert Smith e Mark Burgess por todos os lados, canções como Waxwing, Darker Self, Easy Way te prendem de tal forma que sugere-se ouvir a obra prima em um quarto escuro bem alto sentindo e absorvendo bem o clima do album. Fascinantemente o fio condutor do album passeia por outras guitarras, ressoando Afghan Whigs em algumas passagens como na pungente Teary Eye Waste onde o sentimento de Gregg Dulli é presente e muito forte, mas nunca sendo agressivo em termos de velocidade ou algo gritado, aqui o noise é lento e hipnotico, desesperador e soturno. Sem mais perda de tempo, eu recomendo a audição urgente desta obra maior, não esqueça, Black Swan Green e seu majestoso The Ruin Gaze.


Black Swan Green - The Ruin Gaze - http://www.mediafire.com/?tm2yzgvmm5d

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sweetness and Light by Lothar


O desconhecido ataca novamente, mais uma preciosidade da Suecia vem chacoalhar com muita propriedade o mundo das guitarras shoegazers, dreaming e absurdamente pegajosos, o apelo pop do debut do Lothar intitulado Montgolfier é simplesmente grudento, impossivel não começar a marcar o compasso de musicas que te pegam já na primeira audição, caso de Malone, Whizz, Coq Au Vin Carol is Knitting e a altamente Stereolabiana Orange Skin, Guillotine além da propria faixa titulo, numa experiência recheada de influencias de Lush, Stereolab, Primitives, Flatmates, MBV, Pixies, Swirleis e basicamente tudo do bom e do melhor que foi feito nos 90´s, esses suecos sabem o que estam fazendo, ritmo aceleradissimo, guitarradas estridentes e os vocais mezzo angelicais mezzo desesperados reforçam a impressão que dá depois de ouvir todo o album, que é assim, meu deus o que é isso mais uma vez então, dai acaba, começa de novo e assim vai, viciante mesmo, como os grandes albuns devem ser, fico pensando como não tive acesso a essa pepita antes, mas tudo bem antes tarde do que nunca, bem vindo ao mundo imaginario do Lothar, absurdamente indispensavel!!!


Total Sonic Annihilation by The Lost Rivers - An Interview with Phil Wolkendorf


Talvez eu seja o maior fã desses alemães, mas isso é somente um detalhe, porque o dia que esses caras gravarem seus registros de forma oficial, certamente vai despertar interesse de muita, mas muita gente mesmo, porque o som é na melhor tradição shoegazer noise psicodelico, muito, muito barulho, envolto a nuvens densas de camadas e camadas de feedback, muito Psychocandy, Loveless, Playing With Fire e Heavens End no som dos caras, que já apareceram por aqui quando me deparei com a existência deles, e desde então ciclicamente os escuto quando estou afim de ouvir algo estridente e muito alto, isso sem contar no souvenir que eles me enviaram com todas as composições que fizeram até a presente data.

E meu amigo Phil me concedeu uma pequena entrevista com muito bom humor e aquele sentimento puro alias purissimo que quem realmente acredita no que faz, vide todo o relato de uma banda que vive em um ambiente que basicamente são considerados um ET, com vocês Phil e seu destruidor Lost Rivers:

*Interviem with Phil Wolkendorf (guitar/vocals at the LOST RIVERS)*


Question: when lost rivers stars?the complety history…
Answer: The Lost Rivers was formed around 2006/2007. Izzy, Hell Pilot and I have already been playing together in some other projects since around 2000. We had some punk and alternative bands, but we got bored by punk music pretty fast.

We have always loved extreme sounds and feedback! So we decided to finally play the music we`ve always loved. That`s when we formed the Lost Rivers. We have always wanted to play loud and intense music. Now, that`s what we`re doing.

Q: tell us about your influences...?
A: We are pretty much influenced by noise and psychedelic sounds. I guess JAMC`s Psychocandy was and still is of great importance for us. That`s the first record which satisfied my love for feedback. Then I listened to My Bloody Valentine and Loveless completely blew me away! I entered into sound worlds I never knew they could be created with a guitar! I totally fell for this atmosphere and the wall of sound! Kevin Shields is a true genious! Loveless had about the same effect on me that Psychocandy had. It was and is the best I have heard, up till now! And I doubt I will ever experience the same listening to a record for the first time. Of course, there are many more bands that play a part in our music to a greater or lesser extent. I`m talking about drone bands like for example Loop and the Spacemen3. And personally, I also love dream pop. I`m into Ulrich Schnauss, M83, Slowdive, early Verve and so on…



Q: what..s your opinion about the shoegazer classic era?
A: I was one year old when Psychocandy was released and seven when Loveless came out. I didn`t experience the classic era as I would have loved to. hahaha

But as far as I can tell, there were people living out their creativity. That seems to have paved the way for new and interesting stuff. The bands didn`t care as much as today what the audience wants to hear. And that`s what I love. Play with your listeners` expectations and force them to reactions like “What the fuck?!”

Q: tell us about lost rivers live shows....
A: I guess our shows are pretty intense. People tell us we`re really loud. I think it always could be louder, but don`t get me wrong, we`re not loud for loudness` sake. It`s just the way our music works best. At our shows you have the music, but also the visuals like extreme lights and video projections. We try to make it an experience for your ears and your eyes, for body and soul, because that`s what I want to experience when I go to a show. So, we`re just doing what we would like to hear and see ourselves when we`re going to a show.

Q: Is there another good bands in german?which ones you recomended
A: I know lots of German bands, only three or four that I know are good, I`m afraid. One band which is pretty interesting is Others In Conversation from Berlin. I really like their sound.



Q: whats your opinion about the new shoegazer era....?
A: I don`t know, we don`t have shoegaze going on where I live and I even doubt that most of the so-called music lovers in Germany know that this term and this music exist. However, I think in America shoegaze is slowly getting the recognition it deserves. At least, that`s what I can tell by the quantity of good new shoegaze bands from over there. I wish there would be something like a new shoegaze era. I tell you, there`s nothing like this in Germany at the moment.

Q: which new bands you admire?
A: I like the work of Oliver Ackermann. He seems to have a great vision. I also like Ceremony, the December Sound, Screen Vinyl Image, Woven Bones. The first record of Darker my Love is awesome and I like the Warlocks. There are some really good bands out there, I think

Q: tell us about the new realeases and the future around Lost Rivers
A: The Lost Rivers never officially released any music. It was like, some friends asked us if we could give them a CD with our songs on it and after our shows people wanted to buy our music, so we just made some copies of the stuff we had recorded in our rehearsal space. It`s very lo-fi, very D-I-Y. We often recorded stuff together with professionals, but we`ve never been really happy with that. We`ve always wanted it extreme and loud, but the results have never been satisfying for us. We put a lot of money into it and the records ended up in our shelves. So, we decided to take everything in our own hands and we like it that way, although it`s very time-consuming! We would love to play more shows in- and outside of Germany and we would appreciate to get more support, which is absolutely not the case here in Germany. Shoegaze is not existing here. Most people in this country don`t understand our love for this sound and we have a really hard time trying to get booked for shows, because the clubs are afraid to offer “different” sounds to the crowd…But we will keep up the good fight in the future! hahaha..



Thanks Phil
You´re a great friend
Renato Malizia

The Lost Rivers - Myspace stuff - http://www.mediafire.com/?t5niymwodmt

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dreams Burn Down Again with Averkiou


Tipo assim, quem não gostar de Averkiou bom pessoa não é, porque é irresistivel o som destes caras, noise power pop com cara shoegazer, o album de estreia deles Throwing Sparks é aquele debut assim, menos de meia hora de perfeição, altamente recomendavel, e se você ainda não ouviu, dá uma passada na Barsa Musical ou melhor Amor Louco e pega lá, agora o Averkiou voltou com material novo, esse 7'' é de chacoalhar o esqueleto, tipo Rideano ao extremo com uma cara americana estilhaçada para tudo que é lado, Wasted and High e No One´s Holdings a Gun To Your Head são exatamente isso, guitarreira cheia de delays e melodias 60´s, para ouvir no repeat sem dó, e o fechamento do 7'' tem uma versão acustica de Jersey com um jeitão de Teenage que eu vou te contar, é S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L.


Aproveite e coloque o Averkiou e deixe rolar até você enjoar, isto é se você enjoar né!!!


Averkiou - Wasted and High 7" - http://www.mediafire.com/?nzuykeyyxom

domingo, 25 de outubro de 2009

Psycho Drama by Whipping Boy


Alguns albuns são atemporais mesmo, depois de anos de reclusão, este final de semana, estava eu passeando pela Galeria do Rock aqui em Sampa, como faço meio que mensalmente afim de trabalhos de garimpagem e pesquisas musicais, e não é que me deparo frente a frente com o classico dos 90´s Heartworm do sensacional Whipping Boy, este album já foi cabeceira deste que vos escreve meio que na leva do pós shoegazer, ou em sua entresafra, e este segundo album dos irlandeses é algo abissal a abertura desta obra de arte é a estupenda canção de amor chamada Twinkle, onde o verso "she´s the only one for me now and always" ressoa na mente e não há como desgrudar, um mix de pós punk com shoegazer, os Bunnymen, Bowie, Psychedelic Furs, House of Love, e guitarras em alta voltagem embalam essa soberba canção, que você implora para não terminar jamais....mas não se preocupe é apenas o inicio de algo magistral, When We Were Young inicia e a figura dos Bunnymen prossegue porém acompanhada de guitarras e guitarras junto aos versos de "when we were young nobody died and nobody got older", Tripped e The Honeymoon is Over são as proximas a seduzirem, um que de Nick Cave sendo embalado por Kevin Sheilds ou Sterling Morriso em perfeitas murders ballads, e Fearghal McKee, vocais, Paul Page guitarras, Myles McDonnell baixo e Colm Hassett na bateria, vão te conduzindo por este exuberante, caotico, desesperador, perigoso e sedutor album, de qualidade acima da media que precisa ser desgustado ininterruptamente para que além das já citadas ecolossais canções ainda sejam apreciadas as velvetianas, We Don´t Need Nobody Else, que a impressão que fica é que John Cale montou um banda com Thurston Moore ou similar, só um aviso, quando Fiction iniciar tome cuidado.



Waiting to be bled
Turning tricks just like your mother
Left my dreams for dead
Making out with every other
She's the air I breathe not too pure for me
She's the air I breathe not too cheap for me
She's the only one for me now and always
She's the only one for me now and always
She's the only one for me now and always
She's the only one for me
Hole right through her head
I think I might be nothing to her
Sing it now she said
Fuck I might be here forever
She's the air I breathe not too pure for me
She's the air I breathe not too cheap for me
She's the only one for me now and always
Ringing in my head
Too clearly I can hear you moving
You talk sister fear
You're gonna pay for all the hate I'm giving
She's the air I breathe not too pure for me
She's the air I breathe not too cheap for me
She's the only one for me now and always
- Twinkle
Whipping Boy - Heartworm - http://www.mediafire.com/?znmg5omzjzv

Shoegazer At The Top with The Domino State


É clarissimo que existe uma nova "Scene", seja do Brooklyn, de Austin, de Londres não importa, esta infestado novamente nos quatros cantos por onde passo aquelas guitarras, aquelas texturas, aquela massa sonora que tanto idolatramos, agora uma das cenas mais evidentes é a londrina capitaneada pelo selo Club AC30, com uma caracteristica basica, quase que na totalidade as bandas tem a sonoridade fincada na classic era, vide Air Formation, Model Morning, Exit Calm e este fenomenal The Domino State, é ouvir os eps e ficar de cara com a ambientalização que te remete diretamente ao inicio dos 90´s onde Ride, Catherine Wheel, Revolver, Verve são as evidências dos caras. Um 7´´ estupendo chamado Firefly joga o shoegazer classico de uma forma epica onde a faixa titulo esta sendo considerada uma das musicas do ano pelos especialistas, eu sei lá, sei que a musica atinge patamares de idolatria plena o mesmo acontece com What´s The Question e Iron Mask do Ep What´s The Question, é como se o shoegazer chegasse ao seu lugar mais alto podendo atingir talvez o grande publico, sera?!?!?Atualmente não pode se duvidar de mais nada, afinal de contas a colossal For Now pode fazer com que Bono Vox repense e faça do proximo album do U2 um album shoegazer no talo, é serio, escute e tire a prova. Mas uma coisa é certa, temos dois grandes culpados nisso tudo, Richard Ashcroft e Rob Dickison, e o pessoal do Domino State deve ter se trancafiado durante anos ouvindo o Chrome e o A Nothern Soul. É fato que, Domino State talvez seja o proximo a estourar do underground.....torço muito para isso....

The Domino State - 7´´ & Ep - http://www.mediafire.com/?zdi5wrt5jzo

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

White Noise Revisited by SexConsciousYoungModerns - An Interview with Don



Aqui começa um dos post mais especiais que já publiquei por aqui, simplesmente porque a história inicia-se basicamente em maio deste ano, quando consegui encontrar primeiramente atraves do Myspace, Chris ex baterista do SCYM, que inclusive já foi comentado por aqui com seu novo projeto We Miss The Earth, e foi através dele que consegui chegar até Don, o mentor, criador e dono do SexConsciousYoungModerns, banda das mais fodas, mas que infelizmente sucumbiu a si mesma, como o próprio Don comentara na entrevista que me concedeu durante nossos contatos desde então. No inicio minha intenção era adquirir a obra completa da banda, que esta completamente out of print já fazem anos, obra esta que resume-se a um EP e um album, que simplesmente torna-se obrigatorio em qualquer coleção de shoegazer, noise, punk bubblegum, ou simplesmente para quem gosta de puro rock´n´roll, com qualidade inegavel e conhecimento de causa absurdamente underground, o som do SCYM é mais ou menos assim, como se Joey, Dee Dee e Johnny Ramone tocassem junto com os irmãos Reid, em meio a devastação sonora de um Sisters of Mercy, acha pouco????Punk, noise, bubblegum, shoegazer, psych, total condensado de forma abrasiva e autêntica, o album homonimo é um dos melhores albuns da decada facilmente, esporros sonoros como It´s Over, Home, Best Friend, Rock´n´Roll Lifestyle, Untitled expurgam todos os demonios que supostamente possam vir a existir, e se existem mesmo, certamente todos sem exceção são fanaticos por Don e seu SexConsciousYoungModerns.


Com muito orgulho, coloco abaixo um longa entrevista, abordando desde as origens, influências, shows, letras, inspirações, o tragico fim e o futuro barulhento, e logicamente para os interessados o album homonimo e o EP que como souvenir traz um cover altamente barulhento do classico do J&MC Upside Down.

********* Interview with Don from SexConsciousYoungModerns *********


Q: When did SCYM start?
A: The Young Moderns officially started in 2002, when, on the urging of my friends, I recorded a handful of the songs that I had written over the years.

I took the band name from a trailer for the Ed Wood film, The Sinister Urge. It was a stupid movie about juvenile delinquents that smoked dope, fucked around, and drove fast. All while wearing leather jackets. Perfect. As for removing the spaces, I thought it was different, and also a hidden nod to the Jesus and Mary chain art circa 1998.

The original lineup was Bill Reger on Drums (He also recorded the album in his home studio), and Chris Phillips on Bass. That lineup only lasted a few shows, as Bill was in like, a dozen bands, and Chris was just a good friend giving me a hand.

I met Chris Koza (Drums), and Patrick Covert (Bass), through the internet. They were playing in Hoomdorm, a shoegaze band that was in the same town. After talking to them, I quickly conned them into playing with me. That was the lineup that most people saw live, and that you see in pictures. There were a couple of other drummers, but they didn't last long for different reasons.



Q: Who are your influences/heroes?
A: I personally have a top 5 favorite bands of all time. The Ramones, The Cure, The Jesus and Mary Chain, Spiritualized, and The Replacements/Paul Westerberg. If you listen, I think you can see those different influences throughout my songs...

When I took up the guitar (I'm primarily a bass player), I made a conscious effort to play like Johnny Ramone: Buzzsaw downstrokes, played really fucking fast. Add to that the noise and melody of William Reid's Guitar, and you have a wall of sound unlike any other.

I brought my Cure influence in the lyrics: Cryptic, yet out in the open. Introspective, but also aloof.

I always wanted to make the giant, layered songs that Spiritualized do, and there were a few live songs that were in that vein....though, they came out more like Spacemen 3. Hell, we even did a live cover of Revolution for a long time!As for The Replacements...I think I can better answer it in the next question...


Q: Tell us about the (fucking loud) gigs:
A: I think this can be a good place to mention the influence The Replacements had on me. Our shows were what really set us apart. Sometimes they were great, sometimes, they were awful. Sometimes, we'd play with punk bands and do a 30 minute drone instrumental. Sometimes we'd play with indie rock bands, and we'd play everything like The Germs. We had fun when we played, and didn't care who liked it or who hated it. We did whatever we wanted.

Something else that was different was the fact that we were loud. Very loud. It was never volume for volume's sake, either. It's just that we thought shows should be loud...if you can hear the audience talking, then something's wrong. All of the great bands played at ear splitting volumes...The Ramones, Motorhead, The Who...Rock and roll isn't supposed to be played at coffee-shop volume.

Of course, volume was also used as a tool to get the sounds that we got. I played with a hollow-body guitar, so the guitar reacted to the volume at which I played...the same thing worked for feedback loops and such..As time went on though, the volume decreased a bit, but our antics got worse...towards the end, I'd find myself climbing on tables, and knocking things over. Sometimes, gravity would conspire against me, and I'd find myself on the ground more often than not...



Q:What was your relation to Skywave?
A: They were good friends of ours, and sadly, we never got the chance to pplay together....I first "met" Oliver Ackermann in 2000 via MP3.com (back when it existed). It was like Myspace for unsigned bands...anybody could put up their music, and people could write you, comment, and download songs. I was looking up bands similar to The Jesus and Mary Chain when I came across Skywave. And they blew me away. I was currently writing the songs that would make up the SCYM album, and was interested in the different ways bands would record. I wrote Oliver, and he wrote me back. That began a long communication about bands, recording, effects, and music in general. He even made me a custom pedal in the early days of his Death By Audio business.I always considered us (and would strive to be) the Skywave of the West Coast. I'd like to think I came close.

I finally got to meet Oliver when A Place To Bury Strangers played LA. I wasn't surprised when he turned out to be just as cool in person as he was in all the letters we wrote.



Q: Tell us about the end of the band...A: This one is hard, and tends to bring back some frustrating memories. There was actually a 2 part ending to SCYM.

The first time, Chris decided that he wanted to focus more on his side project, so he left. It was unexpected, and set us back a great deal. We were starting to get a lot of attention, show offers with bands that were quite well known, and in venues that are typically hard to play in. We were gaining momentum, and bam! We were forced into hiatus while looked for a new drummer. We auditioned a couple, and thought that we found one...but it didn't work out.

At the same time, Chris' side project's band mates had all left for different reasons, so he was left with time on his hands. I always loved his drumming, and after a lot of drinking, we decided that the time was right to get things going again. I remember we were all quite gung-ho about starting up and moving forward.

In that time we switched our sound quite a bit; to more of a garage punk/noise pop sound...something that I always loved, and felt more comfortable with. Our live shows got even more spirited, Sure enough, we started gaining some of that lost momentum...we were even offered the chance to work with a legendary musician and producer from the early days of LA Punk.



Things got tense for a bit, with Patrick moving out of the area, and contemplating leaving...he decided to stay, but almost immediately, Chris again departed to focus on his side project. That took the wind out of my sails. I tried to get together a "final show", so we could really put an end to SCYM, in our own way, which would have been volume, chaos, and every song we'd ever done live....but it didn't work out. That made me even more disillusioned, and prompted me to end it all for good.

It's still a sensitive subject, as I always envisioned us going out in a much more interesting way. But whatever, life goes on....


Q:Tell us about the SCYM Members post-breakup. New bands, etc?:A: After SCYM ended with it's whimper, rather than explosion, we all went on to do different things. Patrick has continued his education, and is currently working on a Masters Degree. He hasn't been in any bands since; though he's expressed interest in helping me with any future plans I have...if it doesn't get in the way of his studies. We're still very close friends.

Chris moved, and is still trying to get something going with his band.

As for me, I took a long break after the band's breakup. I first tried to get something going right away, but I wasn't feeling it. So I put everything away, and didn't think about music for a long time. In that time, I have begun martial arts training, which takes up most of my spare time. I've also become a father, so I'm also focusing on working and raising my child.

I've been meaning to start playing again...I made up a project called The Resurrection Men. It's a continuation of what SCYM was doing in the end...darker Garage Punk. I've also written some hillbilly/folk songs, and some things more in the vein of Spacemen 3 (drones, minimalist layering, that sort of thing)...Hell, maybe I'll start a bunch of projects and just release a crapload of different 45s...hahahaha! Just remember, I started SCYM in my head as far back as 1998, so sometimes it takes me a while to get motivated...I'm not gone for good though.

Q: Any parting words?A: Thanks a lot to Renato for finding me, and for finding SCYM. It's great to know that people still like us, and haven't forgotten. I never thought we were any good, but it seems that we struck a chord with some people. Good. I had a lot of fun with that band, and met a lot of great people. Sure, the ending is a sore subject, but it's far outweighed by the good times. Music is starting to suck nowadays, so c'mon people, get up and start something.

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Thanks a lot Don, you´re always welcome here!!!!
Cheers,
Renato




segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Interview with Scott Causer - The Electric Mainline


É com muita honra que inauguro mais uma etapa que espero ser longinqua aqui no TBTCI, fase esta que visa no abastecer de informações sobre as bandas os albuns e as curiosidades a respeito de quem admiramos.

E como pontapé inicial das entrevistas que colocarei a vocês, temos Scott Causer, fundador do selo Northern Star Records responsavel pela coletanea Psychedelica Series, criador da gema psicodelica acida intitulada The Electric Mainline e não contente também com outro projeto intitulado Perfect Blue.
Aproveitem:

Interview 18/10 – Scott Cause from The Electric Mainline / Northerstar Records


Q. When did The Electric Mainline star?
A. The name The Electric Mainline has been doing the rounds since October 2004. It was initially a name we recorded under. The name comes from the Spiritualized instrumental Electric Mainline as I always thought it would be a cool name to use and I believe it accurately reflects our music. We recorded some demos and put them up on myspace and from there we had a really good response. We were in touch with a lot of bands such as The Black Angels, The Stevenson Ranch Davidians, The Dolly Rocker Movement etc.



Q. When did Nothern Star Records start?
A. We were aiming to put our own 7” single out and then realised that no-one was going to buy a record from a band no-ones ever heard of. We were in touch with a lot of like-minded bands and I hit on the idea of putting together a compilation of these great bands. I then formed formed Northern Star Records with a friend of mine who ran a webzine.

Q. Tell us abou Psychedelica Compilation and The Electric Mainline debut EP?
A. By the time the Psychedelica compilation was out the initial line-up of TEM had disbanded. Northern Star then went on to take a life of its own and the project was temporarily sidelined. I continued writing and recording under the name and self-released the All Too Much EP which sold very well from the Northern Star website. Shortly after this Fran joined in and we’ve been the core of the band ever since, playing sporadically, with different people coming and going. Despite the constant writing and recording nothing has been released since, until this year when a remixed version of All Too Much appeared on the Revolution In Sound compilation. We’d put together a new line-up and felt it would be a good idea to get the name out there again and start putting tunes. We’re currently writing and recording and some of thesenew songs will be seeing the light of day very soon.

Q. Who are your influences/heroes?
A. The main influences I guess came from growing up as a teenager and listening to my favourite era of music, the mid-to-late 80s. I was listening to The Smiths, The Cure, The Stone Roses, Joy Division, The Jesus & Mary Chain, Primal Scream. However I also grew up listening to punk and psychedelia so I have all these things going round in my head.

Q. What´s you opinion about the classic shoegazer era?
A. The shoegaze era is something I find myself increasingly confused by – as with all types of music there was good and bad . I love Ride, The Telescopes, Slowdive, My Bloody Valentine who were all considered shoegaze bands, but I see them as great psychedelic influenced pop bands. While there is undeniably an element of that in our music, its more of a dreamy psychedelia. I don’t care too much for genres to be honest. We just play what we want to play. If anything we’re an out-and-out pop band. Every song is different from the last and we all bring different things to the mix. Its all about making the music that means something to you.



Q. What´s your opinion about the new shoegazer era ?
A. The most interesting thing for me about this new so-called ‘gaze’ scene is the bands that take it as an influence and turn it into something of their own. Bands such as The Nova Saints, Youngteam, The December Sound, Maribel, Screen Vinyl Image, Dead Leaf Echo are all striving for something higher and this is what really blows my minds about these bands. You can hear it in their music. Some of these bands appear on the new Northern Star compilation Revolution In Sound. I strongly recommend this for anyone who’s looking for something a little different and into noisy pop songs.

Thanks Scott!!!!

Em tempo, o debut do The Electric Mainline - All too Much é daqueles cds que tem que ter, acido, psicodelismo, shoegazer, dreampop condensados em preciosas canções, altamente recomendavel!!!!


Links:
The Electric Mainline - http://www.myspace.com/theelectricmainline
The Electric Mainline - We are now - http://www.mediafire.com/?jg1aj3memjz
Norther Star Records - http://www.northernstarrecords.co.uk/

domingo, 18 de outubro de 2009

Ice Age by Bright Channel


Conexões diretas com o Amor Louco, faz-se essencial um post complementando este aqui, o assunto Bright Channel é absolutamente pertinente o som dos caras é frio, gelido, denso e massacrantemente noise, com apelos shoegazers mas fincando definitivamente as origens nos pos punk e art noise, no ato do post do Tadeu comentei o seguinte: "(...)conexões, conexões....o som do bright channel é algo tipo assim o porcupine tocado pelo bailter space, ou o desintegration composto pelo kevin shields (...)"...bom é mais ou menos por ai mesmo, este Self-Propelled é como se Will Sargent tocasse no Bailter Space mesmo, visto tamanho noise condensando junto ao ambiente Cold Wave, ou se Kevin Shields tivesse composto Ice Age com o Ian Curtis, audições das mais densas possiveis Charmour e Guardian dão as boas vindas e avisam cuidado, territorio não direcionado a popsongs.

Como bem disse o Tadeu em sua resenha do homonimo sobre não haver pontos altos ou que se sobressaem, aqui não há destaques dentre as canções todas se complementam e fazem sentido juntas. O Bright Channel esta em periodo de hibernação atualmente, não se sabe ao certo se a banda acabou ou não, mas é fato que os dois albuns são fenomenais e devem obrigatoriamente ser deglutidos sob efeitos de algum destilado e com muita nevoa ao redor.

Bright Channel - Self-Propelled - http://www.mediafire.com/?lkwjji3omiy

We Are The Beautiful with Chapterhouse

Classico - conforme o Aurelio = adj. Que é do uso das aulas: autor clássico. / Relativo à Antiguidade greco-latina ou aos grandes autores e à arte dos séc. XVI a XVIII: as línguas clássicas; o teatro clássico; a arquitetura clássica. / Considerado como um modelo do gênero: obra que se tornou clássica. / Conforme com um ideal, com as regras ou com os usos estabelecidos. / Fam. Habitual; corrente: tomamos o clássico cafezinho. / Bras. Futebol. Jogo entre equipes de dois clubes importantes. / &151; S.m. Os autores ou obras clássicas. / Partidário da doutrina clássica. / Autor ou obra que pode servir de modelo, cujo valor é universalmente reconhecido: estudar os clássicos gregos.

O termo na musica define algumas bandas ou albuns que tornaram-se atemporais visto o tamanho da grandeza criativa ou tamanha influência nas gerações posteriores certo?!!?é isso e mais um monte de coisas agregadas, mas pouco importa, aqui vamos falar de um album que é tudo isso junto e mais um pouco nada nada o majestoso e essencial Whirpool do grande, mas muito grande Chapterhouse, já falei deles por aqui nos primordios do blog e o assunto volta devido ao laçamento de Whirlpool - The Original Recordings, versões demos e pré gravações do que veio a se tornar o clássico album que dispensa mais apresentações, simplesmente porque as canções já definem por si só tão clássico Whirpool é.


Ouvir Breather, Pearl, Autsleeper, Treasure, Falling Down, April, Guilt, If You Want Me e Something More é resgatar anos que não voltam nunca mais, algo que ficou marcado para sempre em mim e em quem vivenciou toda a epoca.

Aqui neste Orginal Recordings as versões são mais cruas e menos trabalhadas do que os originaus, mas muito perto do que veio a se tornar o album, ah sim tem outras coisinhas extras como a cover dos Beatles, Rain que foi lado B de single dentre outras, na realidade é mais um item para colecionadores e fãns de, Stephen Patman, Andrew Sherriff, Simon Rowe, Russell Barrett e Ashley Bates ou melhor Chapterhouse.

Bom definindo banda e album, digamos somente que trata-se de um CLASSICO.

Chapterhouse - Whirpool - The Original Recordings - http://www.mediafire.com/?tkzngwjzjz2

Welcome Back to 90´s Madchester My Friend with The Ruling Class


Estou completamente fascinado com esta maravilha de EP com o sugestivo titulo de Tour de Force, e realmente esse tour de force atua de forma matadora, 6 canções daquelas que não se escuta desde o primeiro album classico e fundamental dos Stone Roses, ou o Some Friendly do Charlatans, fiquei hipnotizado literamente com a estreia dos já prediletos The Ruling Class.

Saca o visual dos caras e não há como não os colocar na Madchester dos 90´s, dai associe ao visual, aquelas guitarras cristalinas em cascata encharcadas de psicodelismo, aquele vocal quase desleixado e brilhantemente agridoce, Sleeping Beauty, Marian Shrine, Flowers, If you Wonder, Shame or Pride e Umbrella Folds parecem ressurgir do album dos Roses tamanho beleza, sou reu confesso, faziam-se anos que eu não ouvia tamanha beleza neste nivel de sons, raramente uma banda com caracteristicas 60´s e roupagem alternativa me cativava tanto quanto o Ruling Class, é imprescionante o que os caras produziram nestas canções, magia, misterio e beleza são certamente as melhores definições para um trabalho soberdo que resgata o que foi iniciado com os Roses e os Charlatans e que ficou perdido e escondido durante muito tempo, amigos não percam tempo fiquem a merce destes novos mestres das perfect pop songs.


Rumo ao estrelato com vocês The Ruling Class....

The Ruling Class - Tour de Force - http://www.mediafire.com/?jmxcqzgfrjm

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

In Love in a Summertime with Ringo Deathstarr


Viciante é o adjetivo mais perfeito para simplificar o 7'' novissimo do predileto Ringo Deathstarr, 3 musiquinhas das quais duas são absolutamente obrigatorias, não desmerecendo a instrumental Untitled, mas é que In Love é algo assim, tipo um cataclisma em alta voltagem colocando o Honey´s Dead e o Loveless mixados em uma unica canção, esta tudo aqui, loops e paredes de guitarras, vocalização padrão irmãos Reid, cheio de "hey hey hey" e no meio disso tudo aquela voz doce e suave de fundo tipicamente MyBloodyana, sem maiores comentarios é fenomenal.



O outro apice deste EP/7'' é Summertime, candida e tenra, deliciosa e apaixonantemente concebida da mesma profundeza sonora das que moldaram Blown a Wish ou Sometimes, é assim a beleza desta magica, sedutora, doce e barulhenta canção de amor.

Até o final do ano sera lançado o primeiro album do Ringo Deathstarr que promete ser algo como um amor a primeira vista.....

Ringo Deathstarr - In Love/Summertime EP - (desculpem o link foi retirado a pedido da gravadora do Ringo Deathstarrr - SVC Records)

domingo, 11 de outubro de 2009

Art de Bruit by Le Corbeau


Oslo, Noruega, lar de prediletos como Serena Maneesh e Maribel, é de lá que mais uma grande conexão direta entre Amor Louco / TBTCI é feita novamente, quando do post da magnifica estreia do Le Corbeau, estava eu deglutindo o novissimo album dos noruegueses, que é daqueles art rockers cool de deixar Thurston Moore realmente contente, este Evening Chill / Montreal Of The Mind segue o primeiro homonimo, dando continuidade na experimentação claramente influenciada por Sonic Youth e aquele ar cool tipicamente francês um Q de Serge Gainsbourg e Laetitia Sadier acompanham o caos sonoro, é só conferir a noise e densa Dans La Lumiere Du Crepuscule ou a soturna Night Stroll, aqui um pouco de Birthday Party caminha lado a lado com o apelo françõis....um luxo, outro petardo sonico é L'innocence Revient Encore-Reve D'ivresse, o senso melodico do Le Corbeau excede o limite do album, um ar dee desconcerto total, anticlimax em cima de anticlimax, um espetaculo de dissonancias.

Os caras atualmente estão em turne com o Maribel e sinceramente quem puder ver que os vejam, deve ser extrasensorial no minimo.

Le Corbeau - Evening Chill / Montreal Of The Mind - http://www.mediafire.com/?jzyndnqnqxz

Taste of Cindy by The Crack Babies


Era uma vez uma resenha que comemaçava assim: "Banda de Stockholm, Suécia. As informações sobre a formação da banda são imprecisas e difíceis, parece ser uma banda de um homem só (ainda desconhecido por nós). Vamos ao som, a razão real do The Crack Babies estar por aqui, além das informações existentes. Shoegazer+Shoegazer+Shoegazer, microfonias, pedais, feedbacks e ruídos . De cara você precisa saber que 'Shine' é a canção mais próxima de Jesus & Mary Chain que já ouvi, irmãos Reid no talo, parece um b-side de alguma música de Psychocandy, a esporrenta 'America' vai pelo mesmo caminho, o mesmo com 'Honey Believer', noise em estado bruto. "Smoking At Gas Stations" foi lançado originalmente em 2005 pela britânica LostMusic Records (por onde lançaram bandas como The Manhattan Love Suicides e Celestial), como Cd-r. Em 2009 o disco ganhou novo lançamento, agora pela Odd Box Records, com uma produção gráfica mais trabalhada. As pérolas noise continuam ali, uma pancada atrás da outra, 'Turn Up The Radio!' é microfonia pura, cheia de vocais abafados, uma adoração aos deuses escoceses. Apenas 17 minutos que nos jogam em meio aos anos 1980, na barulhenta Glasgow. Obrigatório.".


Tipo assim, ler um resenha dessas ainda mais quando a mesma tem o selo de qualidade Amor Louco fica dificil não ir no site da Odd Box Records e não adquirir o tal artefato, bom eu fiz isso, obvio, se houvesse um campeonato sobre os maiores fãns de J&MC certamente eu seria um dos finalistas, junto com gente do porte de Oliver Ackerman, Don (SCYM), os caras do B.R.M.C, os caras do Amor Louco, o cara do Crack Babies e por ai vai....agora, caralho esse EP do Crack Babies é devastador, certamente o cara da banda ficou trancafiado enchendo a cara de Whisky e ouvindo o Psychocandy durante anos, pois o resultado é assustadoramente abrassivo. Phil Spector, e os irmãos Reid podem morrer felizes porque a lição foi aprendida.
Uma pena não haver fotos do tal dono da banda, sabe-se somente que o nome do cara é H.R. fora isso, absolutamente nada, inclusive se alguém souber de algo, não esqueçam de me avisar.


The Crack Babies - Smoking At Gas Station - http://www.mediafire.com/?qltdtjuzdzq

sábado, 10 de outubro de 2009

Ice Cold Ice by Bailter Space


Noise, experimentação, shoegazer e pos punk, todos estes estilos que usualmente caminham em conjunto ou não necessariamente nesta ordem, fazem parte do ambiente criado pelo Bailter Space um patrimonio do underground que vem da distante Nova Zelandia e desde o lançamento do primeiro album Tanker de 1988, cativa suditos nos quatro cantos do mundo. Os caras tem pelo menos uns 4 albuns que são aqueles assim, tipo, tem que ter saca, um desses 4 chama-se Vortura de 1994, na sequencia da carreira do Bailter Space é o quinto da banda, e aqui os caras chegam no topo da verve criativa, todo o noise de um Sonic Youth ou de um Band of Susans esta bem evidente só que gelido, gelido até talo, e com isso o clima vai de encontro a Porcupine dos homens coelho, e este encontro gera frutos do nivel de X, Voices, Shadow e as estupendas Projects 1 e Process Part 2, basicamente Vortura é uma batida em alta velocidade com estilhaços de neve para todos os lados ou se Porcupine e Evol se fundissem em um unico album, não deve se esquecer de adicionar pitadas de MBV tendo com isso, fabulosa I.C.Y. ou ainda a escura Dark Blue. Recomenda-se também Robot World para fechar a receita deste gelido barulho.
Bailter Space - Vortura - http://www.mediafire.com/?gygwtlxzyum

domingo, 4 de outubro de 2009

A Love From Outer Space by A.R. Kane


A cena Shoegazer teve seu inicio basicamente em 90/91 certo, quando bandas como Ride, Lush, Moose, Boo Radleys, Slowdive, Chapterhouse, Curve tomaram de assalto os palcos e colocaram suas guitarras acima de tudo e contra todos certo??!!Certo, mas no distante ano de 1986 um duo esquisito, egocentrico e altamente criativo chamada A.R. Kane, ou como ficaram conhecidos na epoca The Black J&MC, lançou um single pelo selo One Little Indian, o mesmo de gente como Kitchens of Distinction e Sugarcubes, e este 7'' foi o primeiro registro do que se tem noticia de algo realmente shoegazer, mesmo porque, tinhamos duas facções distintas até então, J&MC, Loop, Spacemen 3, Telescopes fazendo sons mais barulhetos e de outro lado Cocteau Twins e a 4AD com os sons etereos e o dreampop em si ficava neste meio termo, dai When You´re Sad o tal 7'' surgiu como um raio fulminante de feedback, tudo esta contido nesta linda musica, vocalização menino/menina, guitarras com os efeitos shoegazers, as muralhas e os delays participam ferozmente da musiquinha, bateria marcadissima, e clima dreaming permeia toda a musica, um marco, uma canção lindissima que desde sempre é predileta por aqui, ainda no 7'' temos um long version dela mesma, e a climatica noise no melhor estilo Slowdive So Far Away, a partir dai a reputação do A.R. Kane repercurtiu tanto na epoca que Robin Gutherie, sim, ele mesmo produziu o segundo single já com o selo 4AD por detrás e Lollita veio ao mercado já dando indicações claras que a banda tornaria sua sonoridade um caleidoscopio completo recheado de dreaming songs, só que as muralhas de guitarras diminuiriam gradativamente e junto a elas dub, loops, drones, e tudo que a musica moderna viria a se tornar 10 anos depois, teve origem aqui neste single, e depois no album 69, mas Lollita, Sado-Masochism is a Must e Butterfly Collector já tinham feito o estrago na cabeça de todos os futuros musicos da decada de 90, são inumeros os admiradores da banda desde Thom Yorke, passando por todos os shoegazers seguindo por Bjork, Sigur Ros, Mogwai, Massive Attack, Portishead e senta que lá vem lista.....fundamentalmente essencial para entender o sentido da musica alternativa contemporanea simplesmente o A.R. Kane seja a banda mais injustiçada da historia da musica, visto que anteciparam não somente a cena shoegazer mas post rock, o trip hop dub ambient, enfim, ah detalhe não lá muito importante mas os caras são negros e o estrago que causaram jamais sera cicatrizado.

A.R. Kane - When you´re sad 7'' - http://www.mediafire.com/?yguojtfnmj3

A.R. Kane - Lollita 12'' - http://www.mediafire.com/?mdyzmmum1gn

Stolen Heart by See See Rider


Perolas, perolas, perolas, perdidas por aqui as vezes até nós mesmos cometemos certas injustiças, me lembro exatamente quando saiu uma materia no saudoso Melody Maker sobre a estréia dos escoceses do See See Rider, mais precisamente de uma cidadezinha que nós amantes dos bons sons conhecemos de cor e salteado, East Kilbride lar de ninguem mesmo do que J&MC e dai as conexões começam, Douglas Hart participou do primeiro EP e colocou a banda no selo Lazy, lar de prediletos como Primitives e MBV, inclusive na formação da banda tinhamos inicialmente Pete Tweedie baterista do Primivites, historicamente o primeiro ep homonimo saiu em 1990, e nele temos preciosidades da epoca, She Sings Alone é altamente contagiante um mix de Houve of Love, Blondie e J&MC que no primeiro verso você pense que Nico esta numa banda shoegazer, simplesmente perfeito, Snowfall parece um glamgazerde se fazer pular e berrar junto com a banda, o climão sexy permanece na deliciosa Slip so Slow vocal menino/menina dos mais deliciosamente bubblegum tipo se Mick Jagger e Keth Richards tocassem com os irmãos Reid, um tesão literalmente, e fechando o EP a baladaça com climão a´la Primitives intitulada See See.

O segundo EP Stolen Heart é de 1991 e infelizmente foi o ultimo registro oficial dos caras, e abre de forma monumental com a propria Stolen Heart que pode ser colocada lado a lado com o Pearl, Everso, The Only One I Know, I Wanna be Adored e outros classicos absolutos dos 90´s porque ela é absolutamente magnifica uma canção de amor em alta rotação com todos os elementos mais perfeitos da epoca, guitarras, loops, vocalização perfeita enfim tudo que compõe os grandes hinos, ainda temos uma outra versão de Stolen Heart, basicamente dispensavel, o que muda de cena com Rosey Singer, com fortes e marcantes influencias de House of Love fase pós Terry Bickers, mais parece que Guy Chadwick esta presente junto com a banda, dai fechando a total Class of 86, Girl Gone Crazy, muito muito bubblegum e estilhaços e Shop Assistants para todo lado, uma delicia.

Para quem se interessar existe um album nunca lançado chamado Dust Rocks & Flakes que reune outras maravilhosas love killer songs desta majestosa e misteriosa banda que subumbiu a propria beleza.

berlinda by brincando de deus


Basicamente uma das maiores bandas de todos os tempos deste imenso pais, com uma historia poucas vezes vivida no mundo da musica, o brincando de deus, do meu eterno amigo Messias, dispensa qualquer tipo de apresentação ou auto bajulação, visto a representatividade dos caras no que se convencionou chamar de "guitar bands" ou "indie" ou seja lá a nomenclatura que quem quiser usar. Para mim Better When You Love Me é uma obra prima irretocavel, da mesma forma que o Self Tittle também o é, isso sem contar no album ao vivo que é um dos shows que eu sinceramente adoraria ter visto em minha vida.

Como depois da noticia do Pin Ups comemorar os 20 anos do Time Will Burn, meio que fui ouvir os clássicos brazucas e me deparei com a demo Berlinda do brincando de deus, que é um negocio assim, espetacular, o track list fala por si só, Disco Fly, Sexism, Poplycra, Two Weeks From Here, e um acustico no final para delirio de colecionadores.


Eu particularmente adoro Disco Fly e Sexism que me desculpem os indiezinhos mas essas duas magistrais canções é o que o Thom Yorke adoraria fazer ou ter feito há muito tempo, e tenho dito, o clima de Disco Fly é tão atual e tão retro ao mesmo tempo que até o mais puritano dos xiitas em relação as guitarras e paredes de wall of sound se rende a perfeição desta perola perdida, Sexism é mais pos punk, com seu começo meio Joy Division, meio A Certain Ratio e de repente algo mais House of Love se aproxima, um artefato de perfeição e egocentrismo musical.
Fechando a sessão nostalgica, o grande Messias esta prestes a colocar no mercado seu primeiro album solo, pelo que ja ouvi segue o padrão de qualidade messias art/brincando de deus...mesmo com este album, eu confesso que seria um cara mais feliz se pudesse novamente ver o soberbo brincando de deus ao vivo, só posso dizer que imagens e memorias passam como raios em minha mente durante este post, e de fundo An Evening Out ....e o eterno like children again.....like children again.....

- hadn't we met before?
- isn't it a lovely night!
when i hear your name
when i'm almost well
oh, you come and...
at this time,
blood and wine
in my lifel
ike children again,
like children again,
we're crying
like children again
i suggest a drink,
i draw a day
it's my last night
take me to your home,
take me to your bed
and make me sleep
at this time,
in your mind
for all my life
- An Evening Out

brincando deus - berlinda - http://www.mediafire.com/?nti1uod3mov

sábado, 3 de outubro de 2009

Fall in Love with Gospel Gossip


Atendendo a pedidos vindos lá do coligado Amor Louco, a Srta Sarah e seu majestoso Gospel Gossip retornam depois do estardalhaço feito com o Sing into your Mouth por aqui com o EP Dreamland, nome mais do que propricio para o dream noise pop perpetuado pelo seguidores confessos de Black Tambourines e Velocity Girl, é só aumentar o dial é pegar carona nas irresistiveis guitarradas de Nashville, Home e Pre-Med (Just in Case) nossa musa Sarah canta, toca, sussurra e comanda a festa, não contente vem a noise psych ballad arrasa quarteirão Space/Time e é impossivel não se render aos encantos da banda, quase chegando no final mais um bubblegum barulhento chamado Big Steer, dai meus caros com o jogo ganho o Gospel Gossip abusa de nós com a sonhadora Dreamland, um convite pessoal de Sarah a caminho da perfeição, tente escapara ileso dos encantos da banda, tente mesmo, se conseguir tudo bem, mas eu particularmente não faço a menor questão, fall in love with Gospel Gossip.


Gospel Gossip - Dreamland - http://www.mediafire.com/?4janmzjholz

Time Will Burn Again with Pin Ups

Noticia das mais festejadas por este que vos escreve, varias coisas passaram na minha cabeça quando me deparei com isso, nada mais nada menos do que 20 anos, 20 anos, caralho 20 anos do lançamento de um clássico absoluto da musica nacional, um album sem precedentes neste pais, o que Luis Gustavo, Zé Antonio e Marquinhos fizeram nos idos de 89 foi virar de cabeça para baixo o underground brasileiro, antes só havia o Maria Angelica se aventurando por algo mais focado no proprio underground, dai esses caras botaram no mercado essa bomba crua, suja, infestada de noise, wall of sound, Telescopes, J&MC, Spacemen 3, MC5, Stooges e fizeram do Retro seu reduto de barulho, noites e noites passei lá dentro fazendo parte da esbornia que foi a trajetoria dos Pin Ups originais, sexo, drogas e rock´n´roll da melhor e mais forte qualidade, um negocio realmente inexplicavelmente foda, Sonic Butterflies, Kill Myself, The Groover, Bright, You´re not the one, todas absolutamente essenciais, escute Bleed e veja se o caos não esta mais perto do que você imagina, facil facil esse album do Pin Ups esta na lista dos melhores de todos os tempos desse pais, e vou mais longe se eu for fazer um top of mind meu, facil que ele entra, isso é comportamental, confrontador, só quem estava por lá pode falar como era, Retro, Der Temple, e outros infernos da São Paulo da virada dos 80´s para os 90´s, as coisas eram reais e pesadas, nada de fake, para se descolar um album do Sonic Youth ou Spacemen 3, você tinha que ter a manha, fora isso, sem chance, então sai da frente que em novembro esse clima vai rolar novamente, Time Will Burn Again meus amigos!!!!!
Para quem não conhece pegue logo o arquivo e veja porque algumas coisas são atemporais....
Pin Ups - Time Will Burn - http://www.mediafire.com/?ydnex5uqhim